sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Viver a liberdade, sem medo.

Sexta-feira da 22ª Semana.


O texto de hoje nos coloca diante de mais um conflito entre Jesus e os escribas e fariseus. É latente este conflito com as práticas religiosas da época. Estamos em Lucas 5,33-39:

Naquele tempo, 33 os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34 Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35 Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”.36 Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37 Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. 38 Vinho novo deve ser posto em odres novos. 39 E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor”.



Vemos que o Mestre não insiste na prática do jejum, que é um costume antigo e acolhido como prática em diversas religiões.  Não há uma insistência neste ponto. Jesus deixa aos seguidores a escolha com liberdade. Para exemplificar e situar o tema, lança mão da hipótese de uma festa de casamento. Jesus pressente  o risco que representa para a elite autoritária da época. Viver a liberdade e ser responsável pelos seus atos é um dos maiores dons, uma atitude adulta, é o que nos mostra a maturidade diante da Vida. E quanto a nós? Temos medo de vivermos a liberdade? Qual a razão de procurarmos o amparo na figura paterna que seja garantidora da “ordem”, “ da segurança” e, no mais das vezes, do “autoritarismo”? De algum personagem que dite as regras, sejam religiosas, sociais ou políticas? Não somos adultos e capazes de gerir as nossas escolhas, pensar nas nossas escolhas, refletir a respeito das nossas escolhas e arcar com as consequências das nossas escolhas? Na atualidade temos vários conflitos que necessitam ser superados. A cultura da violência, do preconceito e da intolerância, que não pode sobreviver diante dos valores da evolução humana, representados pelo respeito, pela democracia e pela solidariedade. Busquemos a construção de uma sociedade justa e fraterna, sem excluídos! Não podemos nos deixar seduzir pelos “antigos” padrões que geraram o autoritarismo, as perseguições, as guerras e a morte. Pensemos quais os conflitos sociais existentes no nosso tempo. Pensemos na cultura do respeito e da solidariedade com todos os seres humanos. Pensemos na superação da cultura do medo e do preconceito. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s.

Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.


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