Segunda-feira da 18ª Semana.
Hoje é dia de festa! É o dia de pararmos os nossos afazeres cotidianos para rememorarmos o valor do homem, a partir da Ressurreição de Jesus. Hoje celebramos a Transfiguração do Senhor. Momento de êxtase, de revelação do que é possível para o homem, ainda neste mundo, e de vislumbrar a beleza daquilo que será o futuro, em contraposição ao presente da nossa realidade. A tradição que foi compilada e que chegou até aos nossos dias, nos é contada em Marcos 9,2-10.
2 Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3 Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4 Apareceram-lhes Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5 Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6 Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7 Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8 E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9 Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10 Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si, o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.
O Carpinteiro sobe a montanha, levando consigo a Pedro, Tiago e João. O lugar era isolado, porém de lá era possível vislumbrar tudo ao seu derredor. Primeiramente, os seguidores vêem os dois pilares da história judaica, Moisés e Elias, que foram arrebatados conforme a antiga tradição ensinada nas sinagogas, ao lado do Nazareno, ou seja, a confirmar a Sua autoridade. E, nesse momento, Pedro em sua espontaneidade e disponibilidade, logo se ofereceu para levantar três tendas, a sugerir que ficassem por ali mesmo. A confirmação da autoridade de Jesus, não vinha da tradição judaica. E, sim diretamente do próprio D-us, que o reconhecia como Filho. Esta mudança de paradigma, transformava toda a sua relação do Eterno com a humanidade, revelando a Si, como um Pai Terno e Amoroso: "Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!" Lógico que ficaram amedrontados, pela experiência aterrorizante. Caídos por terra! A humanidade caída, em razão das relações de escravidão, impostas pela espoliação do capital, pela ânsia de poder e da sua divinização, e, ainda, pelo egoísmo que a tod@s fere de morte, tornando o homem, um ser escravizado: é convidada a erguer-se. Aqui, por excelência, vislumbramos a Força da mensagem do Cristo Libertador, da mesma forma que o D-us cantado nos Salmos, retira do pó ao indigente. A visão deixa os companheiros estáticos e maravilhados. Jesus tem a autoridade de Filho do Pai. E, nós somos os seus irm@s. A tod@s, Ele chama de amig@s. Estão lançadas as bases de uma nova sociedade humana! Um novo conceito de relação entre o humano e o Divino! Estamos diante da humanização do Divino. O D-us Amor que a tod@s acolhe, abraça e redime no seio da sociedade, transformando-a! 7 Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantai-vos e não tenhais medo". Este convite é feito a toda humanidade! Não é individual, é coletivo Não é singular, é plural. E, ao fim do texto, desce com os seguidores, a montanha e retorna a sociedade humana, pois o mundo é o lugar onde deverá ser levada, possibilitando a transformação da realidade. O mundo é a Casa de D-us, não as Igrejas. No mundo Ele vive. No mundo vivemos tod@s nós! Que a visão do Cristo Transfigurado, possa transformar a tod@s nós, à sua imagem e semelhança. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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