Terça-feira da 13ª Semana.
O seguimento de Jesus foi marcado pelas primeiras comunidades a partir do seu jeito de pensar, agir e viver. Como seria possível segui-Lo? Estamos em Mateus 8,18-22.
18 vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19 Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 20 Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21 Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22 Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.
Tornara-se claro desde os primórdios do movimento de Jesus, que o seu seguimento não constituiria uma doutrina ou religião. Antes, porém o seguimento d'Aquela Pessoa pobre entre os empobrecidos e desapegada de tudo o que escraviza ou diminui o ser humano e a Divindade que nele habita. A Vida vem sempre em primeiro lugar! Não é à toa que a tradição guardou estes dois personagens: o mestre da Lei e o candidato ao discipulado. O primeiro estava arraigado aos preceitos antigos que apoiavam a sua maneira de pensar, à antiga tradição e às estruturas de poder que não condiziam com a mensagem do Reino; o segundo, estava apegado às velhas formas de agir e às normas e rituais que regiam o regramento social e religioso. A mensagem do Nazareno era libertadora e livrava a todos das amarras da servidão pessoal, corporativa ou social. O mundo e as relações humanas nunca mais seriam as mesmas! A escolhas são feitas ao longo do Caminho, diante de um compromisso de vida e missão assumidos perante a família, a corporação ou a sociedade. O seguimento de Jesus não pode ser reducionista às normas, doutrinas ou corporações religiosas. O agir de Jesus é o mundo e as suas relações pessoais ou sociais. O parâmetro é a prática de Jesus. O desapego consiste em ter um coração acolhedor, livre, liberto de amarras e capaz de amar sem restrições, discriminações ou exclusões. Para o seguimento de Jesus não é suficiente abster-se do mal, por si, para si ou para os seus, porém guiar sua vida na perspectiva do serviço e da construção de um mundo novo e de novas relações humanas, pautadas pelo bem-comum; é ser um com outros, ter a coragem de colocar-se no lugar dos outros e buscar caminhos para a construção de uma nova realidade e do homem novo. Pensemos para onde guiamos as nossas ações. Pensemos na energia que desprendemos para a construção do novo. Pensemos num coração humano semelhante do Coração Divino. Pensemos nisso. Que a paz este ja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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