Segunda-feira da 10ª Semana.
O que Jesus espera de nós? A resposta a esta indagação buscou ser respondida pelos primeiros seguidores a partir da experiência das pequenas e insignificantes comunidades, perdidas e isoladas na vastidão do poderoso Império Romano. Jesus era pobre, humilde e tinha um coração solidário. Jesus falava a partir da periferia do mundo. Estamos em Mateus 5,13-16.
13 "Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15 Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16 Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.
O sal e a luz constituem duas imagens surpreendentes e que falava diretamente com povo simples da Galiléia. Jesus era uma pessoa que raciocinava a partir da periferia de um mundo dominado, subjugado e explorado pelo romanos. Os seus seguidores deveriam ser o sal da terra e luz do mundo, dominado pelo império do poder e da corrupção. O sal que dá sabor aos alimentos e, ainda, conserva-os e preserva-os da perda de qualidade, da decomposição e da corrupção. E ainda, mais que dar sabor aos alimentos, teriam a Missão de dar sabor ao mundo e as suas relações. A luz ilumina os ambientes. A luz clareia o caminho pelo mundo e gera Vida. O que seria da vida na Terra sem a luz do Sol? O mundo não pode viver em meio às trevas, ao obscurantismo e impedido de desfrutar de uma Vida plena. O sal, quando isolado não tem qualquer serventia. O sal para produzir os seus efeitos tem de se misturar à água e aos alimentos para que possa produzir os seus efeitos. Os seguidores têm se misturar ao mundo! De igual forma a luz, que não pode ficar escondida, encerrada ou surrupiada por interesses espúrios, sendo contida na sua Missão de iluminar o Caminho. Os seguidores têm de interagir com a sociedade e o mundo. É justamente dessa mescla que se produzirá o efeito que transforma a realidade e cria o mundo novo. Cabe aos seguidores aprofundar o sentido da existência humana e prosseguir na jornada em meio às conturbadas relações sociais e viver a Esperança. O Reino anunciado pelo Carpinteiro não está isolado ou fechado em templos majestosos ou humildes. Se assim o fosse, o Nazareno não teria deixado a sinagoga para ir ao encontro do povo nas vias públicas, nas estradas e nas aldeias. A construção do Reino se dá na convivência humana, nas ruas, nas associações, nos sindicatos ou em qualquer comunidade que construa um relação que busque a transformação da realidade para o bem-maior, bem-estar, a justiça, a paz e a igualdade. Os seguidores têm de vencer os seus medos, conformismos e acomodações. O seguidor deve ter a coragem de sair de si, para dar sabor e para iluminar o mundo. Em uma sociedade marcada pela injustiça, pela exploração, pela discriminação, pela exclusão e pela espoliação, o seguidor de Jesus de Nazaré tem um papel importante a desempenhar. O seguidor não pode viver enclausurado, perdido em procedimentos e rituais. Qual o nosso papel no mundo? Como vemos a Jesus que é o Cristo e a razão da nossa fé? Qual a nossa capacidade para curar as feridas e dar calor ao coração dos seres humanos? Pesemos em nossas ações. Pensemos nas nossas omissões. Pensemos nisso. Que a Paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário