Quinta-feira da 12ª Semana.
A comunidade de Mateus formada em sua maioria por seguidores provenientes do judaísmo percebiam a importância de ir além do mero palavrório sem sentido, para levar a mensagem do Reino. Os elaborados rituais litúrgicos, os ritos de purificação pessoais e os discursos que nada acrescentavam em "encontros de nós com nós mesmos", se não houver de fato um compromisso com a transformação. Estamos em Mateus 7,21-29.
21"Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Naquele dia, muitos vão me dizer: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?' 23 Então eu lhes direi publicamente: 'Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós, que praticais o mal'. 24 Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26 Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!" 28 Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29 De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.
A casa construída pelos seguidores, numa linguagem metafórica, tem de ser sólida. A mensagem do Reino não é destinada a devaneios, conjecturas, à ambição carreirista ou política dos clérigos, pastores ou missionários. A casa construída tem ser o legítimo serviço ao Reino, a Casa do Pai e o mundo novo querido pelo Carpinteiro. Não adianta ficar clamando pelo Nome do Senhor pelos mais diversos motivos egoístas, patrimonialistas ou proselitistas. O Nome do Senhor é Justiça, Paz, Igualdade, Partilha, Respeito, Direito, Misericórdia, Perdão e Amor! Construir o Reino é fazer a vontade do Pai, que é de tod@s os viventes, da mãe natureza e da mãe Terra. A diferença fundamental consiste entre viver e praticar os ensinamentos, sendo para estes a rocha que alicerça com segurança, enquanto para a turma do "faça o que digo, não faça o que faço", do engodo e da mentira dos que fazem disso "meio-de-vida", "ganha-pão" e de exploração e de extorsão das finanças alheias, é o alicerce de areia. Os ventos, as chuvas e as enchentes representam as dificuldades, adversidades e vicissitudes da jornada dos tempos e da vida, às quais apenas a casa edificada sobre a rocha poderá subsistir e vencer todos os obstáculos. Pensemos nisso. Pensemos no nosso querer. Pensemos no nosso agir. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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