quarta-feira, 13 de junho de 2018

A Lei do Amor.

Quarta-feira da 10ª Semana.


As novas comunidades formadas a partir do movimento do Jesus, que eram os judeus convertidos, passaram a ser discriminadas pelos seus conterrâneos em razão de terem se afastado da Lei de Moisés, contidas no Antigo Testamento. Estamos em Mateus 5,17-19.



17 "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18 Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19 Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus".



Como tudo o que é novo, os companheiros de jornada constataram que necessitavam amadurecer o entendimento da mensagem de Jesus. Dentro das primeiras comunidades dos seguidores existiam várias tendencias de interpretação da Mensagem do Caminho: uns achavam que não era necessária a observância das normas do Antigo Testamento; outras aceitavam Jesus como Messias, achando que sendo ele um judeu, deveriam ser fieis na observância; e, ainda, outros que viviam tão plenamente a liberdade, que não olhavam mais para a vida de Jesus ou para o Antigo Testamento. É fato que haviam muitas tensões.  Diante de vários posicionamentos a comunidade de Mateus buscou um equilíbrio, que afastasse os posicionamentos extremados. A comunidade é o lugar da convivência da consolidação plena da mensagem de Jesus, portanto não poderia existir um antagonismo. As comunidades não poderiam abandonar a observância da lei mosaica, que representava o pensar e o agir arraigado no coração do povo, porém deveriam dar um passo adiante para a plena observância a partir da vida das pessoas que seriam alcançadas  pela prática da Lei do Amor. O Amor que une, que cuida e que zela pelo amado. O Amor que se alegra com o amado. O Amor que não castiga, não pune, nem destrói o amado. O Amor que dignifica e perdoa o amado. O Amor que cresce junto com o amado. O Amor que gera Vida e nunca a morte do amado. O Amor pelo amado não morre! A plenitude da Lei do Antigo Testamento, se renova na prática de Amor pelas comunidades e na sua interação com a sociedade. As pessoas, qualquer pessoa próxima ou distante, com ou sem vínculos de parentesco e de amizade, passam a serem vistas não pelo olhar da censura, da ira ou da punição, porém apenas pela ótica do Amor que gera Vida e faz o amado crescer e dizer não às "penas impostas". O Amor nos mostra um D-us que é Criador, zeloso da criatura. O D-us de Amor que tem um rosto em Jesus de Nazaré. O D-us que nos ama, como Pai carinhoso. O D-us Encarnado e humanizado. O D-us que amamos, não o D-us que devemos ter medo. O D-us que é glorificado e respeitado, a partir do nosso olhar, da nossa convivência, do nosso modo de pensar e agir, das nossas relações sociais e do nosso interagir com a sociedade. O D-us de Jesus é misericórdia, é acolhedor, é fraterno, é companheiro, é amável, é piedoso, é um Pai amoroso, é Amor! Pensemos nisso. Pensemos no nosso agir. Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário