sábado, 16 de junho de 2018

Caminhar com a verdade e a transparência..

Sábado da 10ª Semana.


Nas comunidades de Mateus haviam diferentes correntes e idéias a respeito da interpretação da Lei de Moisés. O texto de hoje se encontra dentro de um contexto maior, iniciado em Mt 5,20 e terminando em Mt 5,48. É nesta compilação que se busca mostrar como Jesus explicava e interpretava a antiga Torah. Estamos em Mateus 5,33-37.


33“Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor”. 34 Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. 36 Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. 37 Seja o vosso “sim”, “sim”, e o vosso “não”, “não”. Tudo o que for além disso vem do Maligno”.

Desde a antiguidade jurava-se  por 'alguém' que fosse superior, maior ou de muita valia, para dar veracidade a sua palavra, sob pena de ser castigado, o que normalmente ocorria. Este costume permanece até os nossos dias na sociedade. O juramento exigido, nos diz que normalmente não se pode confiar na palavra do outro. Jesus busca resolver este problema. Não se deve jurar nunca! Não adianta fazer juramentos pelos céus, pela divindade ou pelos filhos e parentes sob pena de que um mal lhes aconteça. Juramento é remédio que não cura a doença da falta de transparência nos relacionamentos interpessoais, corporativos ou sociais. A dissimulação, o fingimento, a maldade e a ânsia pelo poder não podem caminhar com o seguidor do Nazareno. Diga apenas sim, quando for 'sim', e não, quando for 'não'. Maligno é tudo aquilo que nos afasta da humanidade; nos afoga no egoísmo; nos faz negar a dignidade das pessoas; nos faz caminhar com indiferença; e nos faz alegre com a desgraça alheia. Somos malignos quando praticamos o mal contra o outro; quando nos deixamos dominar pela ambição; quando somos responsáveis pela dor e sofrimento alheio; quando silenciamos, compactuamos ou praticamos atos de discriminação, exclusão, injustiça, opressão, dominação, exploração e morte contra o outro. Sejamos responsáveis pelos nossos atos e ações!  Paremos de atribuir as nossas obras a uma figura de linguagem e mitológica, para aliviarmos as nossas maldades e nos exculparmos dos nossos atos. Sejamos verdadeiros e transparentes em nossas relações! Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.

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