Quinta-feira da 7ª Semana.
A comunidade Marcos nos revela que a vida pacífica e em fraternidade tempera e dá gosto ao cotidiano do povo. A simplicidade das relações sociais daqueles seguidores que viviam na periferia de Roma, à margem do poder e dos conflitos por este desencadeados apresentava-se como uma nova proposta de sociedade. Estamos em Marcos 9,41-50.
41 Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42 E se alguém escandalizar um desses pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43 Se tua mão te leva a pecar, corta-a! 44 É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45 Se teu pé te leva a pecar, corta-o! 46 É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47 Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48 ‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’”. 49 Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50 Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.
A preservação dos ensinamentos do Mestre era de extrema importância para a sobrevivência da nova proposta de sociedade, pois seria possível dar início a sua instauração a partir da superação do mal que envenenava o relacionamento na vida em comunidade. A mensagem do Reino que era iminente, constituía-se com Esperança para os empobrecidos de múltiplas origens e de todos os recantos do império romano. A realidade à época, tanto quanto nos nossos dias, era um desafio constante a ser transformado e, portanto, superado. Naquele tempo, tanto quanto no nosso, como é possível encontrarmos a Esperança? A nossa resposta, tanto quanto a do passado, certamente, será a que foi encontrada naquela época. Compartilhamento do bem, até de um copo d'água. Preservar-se na jornada, não dar causa e não compactuar com os escândalos, que podem causar constrangimento até as nossas crianças. E quantos escândalos não vemos hoje nas igrejas? As mãos que tocam, os pés que nos levam pela jornada e os olhos que nos guiam no Caminho, são componentes de uma linguagem simbólica e cheia de representatividade a respeito do nosso agir, a quem servimos e aonde queremos chegar. Pensemos se o nosso propósito e o nosso agir estão de acordo com a proposta do Reino. Pensemos na realidade que nos rodeia e qual a nossa vontade e ação transformadora, de acordo com a igualdade que provém do Pai. Pensemos em nossas relações familiares, corporativas e sociais e, ainda, se estão ao serviço do Amor do Pai Criador. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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