terça-feira, 22 de maio de 2018

Olhamos apenas os nossos interesses?

Terça-feira da 7ª Semana.


A competição e a compreensão das novas relações sociais propostas pelo Reino é  a reflexão compilada em Marcos 9,30-37, a partir da experiência das comunidades e da visão estabelecida das analogias do poder existentes no mundo romano.

30 Jesus e seus discípulos atravessaram a Galiléia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31 pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão, mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”. 32 Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33 Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “Que discutíeis pelo caminho?” 34 Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35 Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” 36 Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37 “Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas aquele que me enviou”.


O poder seduz, o poder é  cruel, o poder busca apenas os próprios interesses. Não podemos olvidar que o texto foi escrito em Roma, em meados dos anos sessenta e setenta do primeiro século. Os primeiros seguidores tiveram a experiência de ver de perto estas relações políticas e as disputas provocadas na capital do maior império do ocidente. Sabiam do que estavam falando, por experiência própria, pois respiravam os valores dos círculos do poder político de então. Nas novas relações sociais propostas pelo Reino temos a lição de que o poder é um serviço à sociedade e não a satisfação dos próprios interesses de ascensão pessoal e de manipulação dos interesses. O ideal de serviço é totalmente oposto ao de satisfação e de locupletação pessoal. Olhar com os olhos de uma criança é conseguir identificar o bem existente e promover as ações necessárias para a promoção desse bem-estar social a tod@s. É um olhar com simplicidade e desprovido de preconceitos. Os primeiros seguidores viviam em comunidades e o que preponderava era o bem-comum. O Caminho dos seguidores do Nazareno é trilhado pelo mundo e não fora dele. Cabe aos seguidores  a transformação da realidade em novas situações. Estando no mundo os seguidores têm responsabilidade social e política para a construção do novo. Os seguidores não podem ser "bobinhos" pensar que tudo se resolve sem a necessidade da sua contribuição para a política do bem-comum e do bem-estar social. Pensemos nisso.  Pensemos na nossa participação. Pensemos nas eleições e quem iremos apoiar e votar. Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário