Terça-feira da 8ª Semana.
A comunidade de seguidores mostra a lógica reversa do Reino e do movimento de Jesus. Estamos em Marcos 10,28-31.
28 começou Pedro a dizer a Jesus: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos" 29 Jesus respondeu: "Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, 30 receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna. 31 Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros".
Os valores do Reino são maiores, pois são os do Amor, que se encontra acima dos laços civis de parentesco. É preciso salientar que no mundo romano os laços eram determinados pela 'filiação' e marcos legais 'familiares' que a tod@s vinculava e submetia à autoridade máxima do chefe da família ou pater familias. Este último é que tinha um poder de vida e de morte sobre os membros a ele vinculados. É o mesmo pode que o imperador tinha sobre os seus domínios e não podiam ser questionados. A figura do pater familias e do imperador constituíam o expoente máximo de uma sociedade injusta e violentada pelo agir dos detentores do poder que o exerciam apenas em benefício próprio. Acima deste último, apenas a divindade. A sociedade na Judéia, também não era muito diferente. O poder foi divinizado pelos humanos e passou a constituir uma finalidade em si mesma. Assim podemos melhor compreender a mensagem do texto, no sentido de que fosse superada as relações ditadas pelas estruturas baseadas no poder, na submissão e carente de qualquer sentido, exceto o da exploração e da dominação; por esta nova ótica os laços são formados pelo afeto, onde na família, nas relações corporativas e sociais, o maior não será o primeiro, porém o pequeno, o que mais necessita, @ últim@ de tod@s. O poder passa a constituir apenas mais um serviço e responsabilidade para com os demais. É uma mensagem de Esperança que dá oportunidade às comunidades para superar as dificuldades e sistemas de opressão que as subjugavam. Nos diz que este 'poder' não dura para sempre. As situações difíceis passam, são superadas e mudam, sempre mudam! O poder dos laços do afeto e da liberdade, seja de homens ou mulheres, têm de ser respeitados. Pensemos no nosso agir. Como vemos o exercício do poder? Como vemos os 'últimos', os menores e os excluídos desta Terra? Como pensamos o Reino? Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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