Alegrias da Páscoa: 18º Dia.
Na leitura de hoje, João 6,35-40, em continuidade a de ontem, vemos o Rabi se apresentando como o Pão da Vida. Neste texto muito denso e profundo, percebemos que o povo não entendia a sua Missão.
35“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36 Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37 Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38 Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40 Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
O pão está presente no nosso cotidiano. A linguagem figurativa daquele componente tão presente, à época, nas refeições, de igual forma que ainda hoje, constitui o melhor exemplo retórico-comparativo, uma tradução perfeita em linguagem popular. É o alimento que nos mantém vivos, fortalece e nos dá as forças necessárias para subsistir. Recorda-se aqui do episódio da Samaritana, quando o Mestre, fala da água. Pão e água estão presentes dia a dia da humanidade. Falar deles é transmitir a essencialidade da Missão do Nazareno entre nós. É falar do Reino e da sua transcendência, já na história humana e a da sua inserção nas relações sociais. É buscar as causas que provocam os males e, a partir daí, encontrar a solução para tudo o que aflige os Filhos da Criação do Pai. São as idéias que nos guiam do mundo 'pensado' como justo e igual, para transformação de uma realidade não condizente com os paradigmas do Reino 'imaginado' e aguardado. A Palavra é etéria, elevada, sublime e motivadora do agir, enquanto concretização da ideia. Quando nos é explicado que não se cuida de um alimento que perece, dá-nos a exata dimensão do seguimento do Caminho. É o 'pão' que nos dá coragem como sustento na jornada. O 'pão' que supre as nossas necessidades básicas, enquanto humanos, porém nos provoca a compreensão da transcendência das relações. O homem é muito mais que o sistema quer torná-lo. O homem não é apenas energia corpórea para produção. O homem é sentimento, sonho e construtor de uma realidade. O homem é inteligência e não apenas o extinto de sobrevivência animal. O homem que cria a sua realidade, igualmente pode transformá-la. O Pão da Vida é aceitar o Caminho que o Mestre nos ensinou. A falta de alimento fazia o povo queixar-se de que estavam sendo castigados. A fome é uma inimiga das mais ferozes. O discurso do Pão da Vida nos aproxima da benção do Pai e mostra que D-us está presente em nosso meio através de Jesus de Nazaré. Não dependemos de condições exteriores para a solução das nossas demandas, porém dotados de inteligência e senso de justiça, seremos capazes de trilhar o Caminho do Reino, que começa aqui e agora. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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