Sábado da 2ª Semana.
As comunidades dos primeiros seguidores começam a sentir em sua experiência de vida comunitária e social a nova face do D-us apresentado por Jesus, um D-us que é indulgente, bondoso, misericordioso e amoroso. A experiência do D-us de Jesus transforma as relações humanas. Estamos em Lucas 15,1-3.11-32.
1 os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o escutar. 2 Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3 Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11 “Um homem tinha dois filhos. 12 O filho mais novo disse ao pai: “Pai, dá-me a parte da herança que me cabe”. E o pai dividiu os bens entre eles. 13 Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14 Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15 Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16 O rapaz queira matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17 Então caiu em si e disse: “Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome”. 18 Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: “Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19 já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados”. 20 Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21 O filho, então, lhe disse: “Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho”. 22 Mas o pai disse aos empregados: “Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23 Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24 Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado”. E começaram a festa. 25 O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26 Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27 O criado respondeu: “É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde”. 28 Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29 Ele, porém, respondeu ao pai: “Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30 Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado”. 31 Então o pai lhe disse: “Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32 Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”.
O Nazareno nos apresenta um novo relacionamento com D-us, onde não há lugar para o ódio, vingança, medo, exclusão ou discriminação. O D-us da Compaixão a tod@s acolhe como filhos! Devemos sempre buscar uma pessoa nova em nossas vidas. A palavra nos faz pensar o quanto, por vezes estamos distantes do Caminho proposto pelo Bom Pastor, que nos mostra a sua bondade, benevolência e perdão. A Misericórdia de D-us nos impulsiona a encontrarmos um saída para as nossas aflições. D-us nos quer felizes e amados. As mais diversas realidades de perda constrangem os seres humanos. D-us nos chama à transformação da realidade na qual estamos inseridos. D-us nos mostra a necessidade de voltarmos ao Pai e ao Reino. A felicidade não pode ser encontrada longe da Justiça e da Paz. Não podemos nos fechar como o filho mais velho, que tomado pela raiva, pelo comodismo, pelo desprezo e pela indiferença pelo irmão, pouco se importou com.o resgate da dignidade do outro. D-us nos convida à reconstruirmos as nossas vidas, à Vida Plena, que nós não podemos negar aos nossos irm@s. A compreensão de que D-us é nosso e, igualmente, Pai de nossos irm@s é fundamental para uma nova perceptiva de relacionamento humano e social. O filho mais velho estava cego pelo desprezo pela situação do irmão. E quanto disso não vemos nos nossos dias? Será que nos importamos realmente com a dignidade dos outros? Será que nos importamos com o resgate da dignidade dos oprimidos, excluídos, marginalizados ou discriminados? O que significará para nós o resgate da dignidade das pessoas que, em qualquer circunstância, D-us coloca em nosso caminho? Somos capazes de olhar além das nossas janelas e enxergar que existe um mundo que espera pela Justiça, pela Paz e pela Igualdade? Será que temos a capacidade de olhar além da nossa fartura, preconceitos e comodismo para uma realidade injusta que precisa ser modificada? Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!
Foto: Samuel Osmari.
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