quinta-feira, 23 de março de 2017

As nossas divisões.

Flores da Quaresma: 23° dia.



O texto de hoje, Lc 11,14-23, nos convida a uma viagem interior, bem no âmago das nossas intenções, porém não intimista, pois reflete-se nos nossos posicionamentos no âmbito da sociedade, portanto de cunho politico e social. Cuida-se da humana prática das divisões em grupos, facções ou cordões. Até o pastoril, uma dança folclórica, tem de ser dividido entre os cordões azul e encarnado. E a coitada da Diana que tente unir as duas cores. Pois é, também assim tem sido na dança da Vida. O Mestre produzia ações boas e necessárias, e as pessoas que detinham a hegemonia de então, não podendo negá-las, justamente por serem boas e necessárias, buscaram reconhecê-las, justamente, por não terem sido realizadas por pessoa reconhecida, aceita ou identificada com aquele grupo, como uma obra forjada pelo maligno adversário, difamando o Carpinteiro. Observe-se que atacaram não a obra ou os seus efeitos, que foram benéficos, porém o autor da obra que era a força criadora e propulsora da mudança em sua origem. Aquelas pessoas colocaram a sua confiança em sua força, representada pelo homem forte e de armadura que guardava a casa, até que surgiram outras pessoas melhores "armadas", que derrubaram a sua hegemonia,l e ainda fizeram a repartição do butim amealhado pelo grupo anterior. Quantas vezes este exemplo se repete nas relações sociais? É este modo de agir que conduz na direção do projeto de construção do Reino? Aonde se pretende chegar? Aqui é que encontramos o sentido para a divisão aludida no texto, que leva os humanos a si auto-rotularem e aos demais. A pregação do Mestre, bate sempre na tecla das ações transformadoras que contribuem para o bem comum, portanto propulsoras do bom e do justo para tod@s, e que não devem e não podem ser rechaçadas ou rotuladas em nome dos jogos de poder. A ação será boa, quando na árvore da Vida produzir o fruto bom e de qualidade. Pensemos nisso! Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.


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