Quinta-feira da 5ª Semana.
A comunidade recorda a disponibilidade e a ação de Jesus para socorrer a tod@s em suas necessidades. Aqui Ele se depara com nada menos que uma mulher pagã, portanto duplamente discriminada e excluída. Estamos em Marcos 7,24-30.
24 Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido. 25 Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26 A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27 Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”. 28 A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”. 29 Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. 30 Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.
A exclusão social e o preconceito assolam as comunidades, as corporações e a sociedade. Parece que se vive em um "eterno encontro de nós com nós mesmos", "iguais entre si" e dos "diversos clubes fechados de interesses comuns". Os grupos de "iguais" se fecham e passam a deliberar apenas a respeito dos seus próprios interesses. Jesus quebra o paradigma e vai muito além, para alcançar aqueles que estão vitimados pela exclusão, do desprezo e do inimaginável para os padrões vigentes. Quantas vezes somos capazes de olhar e acolher afastando o nosso preconceito social? Quantas vezes somos capazes de olhar e acolher os invisíveis da sociedade? A atitude de Jesus é paradigmática: Ele não coloca condições para atendimento do apelo. Os invisíveis e excluídos sociais são portadores de direitos e cidadãos plenos, que necessitam da proteção do Estado, não como privilégio, porém como garantidora da igualdade de direitos. O texto nos revela que a filha daquela 'mulher pagã' era afligida pelo 'mal' - figura literária para descrição ampla de uma situação indigna de Filh@ do Criador. E quantos males não afligem, por exemplo, os moradores de rua, numa situação inconcebível para o cidadão comum médio? Somos capazes de olhar além das nossos preconceitos limitadores e obtusos? Somos capazes de enxergar Jesus nestes irm@s? E não apenas estes, porém tod@s os que se encontram em estado de necessidade e perigo, como as minorias perseguidas, negros, indígenas, LGBTI, refugiados e tantos mais? Jesus não coloca o credo religioso, condição social, origem regional ou nacional, como condição para atenção, compaixão, respeito, dignidade e reconhecimento do direito. Jesus atende e reconhece aquela mulher como um ser humano e portadora de direitos! É assim que agimos em nossas relações pessoais, corporativas e sociais? Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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