Terça-feira da 2ª Semana.
A leitura de hoje dá continuidade a reflexão da comunidade Marcos em relação aos conflitos de Jesus com a lei e as autoridades. Os seguidores, passam pelas plantações e abrem o caminho arrancando espigas. O texto explica que eles estavam com fome. Os fariseus, sempre a fiscalizar, não perdem a oportunidade de questiona-los e invocar a lei judaica para acusa-los de infringir a lei do Sábado (Ex 20, 8-11). Estamos em Marcos 2,23-28.
A leitura de hoje dá continuidade a reflexão da comunidade Marcos em relação aos conflitos de Jesus com a lei e as autoridades. Os seguidores, passam pelas plantações e abrem o caminho arrancando espigas. O texto explica que eles estavam com fome. Os fariseus, sempre a fiscalizar, não perdem a oportunidade de questiona-los e invocar a lei judaica para acusa-los de infringir a lei do Sábado (Ex 20, 8-11). Estamos em Marcos 2,23-28.
23 Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24 Então os fariseus disseram a Jesus: "Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?" 25 Jesus lhes disse: "Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26 Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães". 27 E acrescentou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28 Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado".
Jesus os replica invocando a história dos antepassados que exalta os feitos de Davi, que em determinado momento e situação, para saciar a sua fome e a dos seus soldados, serviu-se dos pães sagrados do Templo (1 Sam 21, 2-7). O cumprimento da lei era muito arraigado e representava a identidade nacional, por mais de quinhentos anos, desde o retorno do exílio na Babilônia até aos tempos de Jesus. Este fundamentalismo era causa, inclusive, de tragédias. Em meados do séc.II a.C., durante uma batalha com os gregos, os macabeus, preferiram a morte a volar a lei do Sábado, para defender a própria vida. Esta atitude gerou um massacre e uma posterior reflexão a respeito do valor da vida e da sua defesa. Não é fácil, ainda nos nossos dias, fundamentalistas religiosos, geram a morte em razão de interpretações que negam os direitos das mulheres, da igualdade de gênero, dos LGBTI, dos negros, dos indígenas e minorias. Jesus conviveu na Galiléia onde o povo era vítima de exclusão e dominação em nome da lei, que diziam ser divina. A experiência de Jesus em relação a D-us, é de um D-us que é Pai/Mãe de tod@s, que nos acolhe como filh@s, e que nos torna irm@s uns dos outros. Não há lugar para a opressão e o medo de D-us. O homem é o senhor do sábado e da lei! A preservação da vida e da dignidade humana é o que realmente importa. Os fariseus utilizavam as escrituras contidas na "Bíblia" (enquanto conjunto de normas contidas nos livros sagrados) para acusar e condenar a Jesus. Jesus conhecia bem a "Bíblia" e a usava para responder as críticas. Naquele tempo a Escritura era lida nas sinagogas aos sábados. Jesus participou intensamente da vida em comunidade e assim conseguiu sentir as necessidades do povo e denunciar a hipocrisia dos fariseus que se autoproclamavam-se 'salvos', nada faziam pelo bem-comum e reforçavam as estruturas de dominação e exploração do povo. O Sábado é feito para o homem e não o contrário. Pensemos nisso. Pensemos em nossa vida e no sentido de viver. Valorizemos a vida e os irm@s, isto é o que realmente importa. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário