Quinta-feira da 2ª Semana.
O texto de hoje nos apresenta um resumo da atividade de Jesus, que aparece após a descrição dos conflitos com as autoridades e de pontuar que a sua vida e missão não seria fácil. A proposta é exigente e requer a 'con-versão' sincera do seguidor, o que representa uma modificação verdadeira do Caminho. Estamos em Marcos 3,7-12.
7 Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galiléia o seguia. 8 E também muita gente da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9 Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. 10 Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11 Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: "Tu és o Filho de Deus!" 12 Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
A descrição da atividade do Carpinteiro demonstra a enorme convergência do movimento popular, como adesão ao Seu seguimento. Dos quatro cantos surgem seguidores atraídos pelo Seu agir: da Galiléia, da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia. O povo quer vê-lo e toca-lo. É uma verdadeira multidão, o que enseja seja providenciado um barco para que possa falar à multidão. E quem constituía esta multidão? Eram em sua maioria excluídos, marginalizados e doentes em busca de cura para os seus males. Em resumo: tod@s aqueles que não eram acolhidos pela sociedade, encontravam em Jesus a acolhida que buscavam. Existe um contraste fundamental: as autoridades civis e religiosas tramam a sua morte, enquanto Jesus prega a vida e a defesa dos direitos e da justiça. Existe em Marcos uma insistência com a 'expulsão dos espíritos impuros' (Mc 1,25,27; 3,22; 6,7 e 16,17). E, aqui, encontramos primordialmente a solução de uma problemática utilizada pelas religiões para dominar o povo através do medo, que ao revés de libertar, alimentam a angustia e os grilhões de dominação. A Boa Nova trazida por Jesus mostra-nos que algo muito mais forte está presente no mundo e que não podemos ceder a tentação de viver sob o signo do medo ou como seu prisioneiro (Mc 3,27). Jesus vence o medo, a exclusão e a morte! Ainda hoje, vemos 'grupos religiosos' que tentam alimentar o medo das pessoas e assim mantê-las escravizadas. A humanidade consegue vários nomes tanto para aquilo que ama, tanto quanto para aquilo que teme. É próprio da cultura de cada lugar escolher vários nomes para designar a mesma coisa. E no âmbito espiritual é muito comum nominar o 'mal' por diversos apelidos. Esta 'entidade' mantem as pessoas dominadas pelo medo e ao mesmo tempo constitui um modo de exculpa-los pelos atos cometidos contra os semelhantes e a sociedade. É clara a tentativa de infantilização das pessoas no intuito de excluir a responsabilidade pessoal e ao mesmo tempo de premiação por bom comportamento. É fato que se insiste no poder do 'mal' para atrair o povo de volta às igrejas. Pensemos que a ressurreição, a sua Boa-Nova, a Nova Aliança baseada no Amor do Pai pela humanidade, afasta qualquer possibilidade de que as pessoas vivam sob o signo do medo. O Amor de D-us pela criatura vence quaisquer desafios. Somos filhos do D-us todo poderoso, o que podemos temer? Pensemos nisso. Sejamos adultos em nossa fé, afastemos o medo e as suas ameaças. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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