Sábado da 1ªSemana
Felizes são aqueles que esperam no Senhor (Sl 146). A leitura de hoje vem da comunidade de Mateus, o evangelho dos pequeninos, por excelência. A tradição nos coloca na perspectiva do Profeta Isaías, que trouxe a Esperança a um povo desvalido, exilado e sem identidade. O nosso D-us é o D-us da Liberdade que a tod@s cura e tem compaixão das nossas feridas, sente a dor do povo abandonado e traído. Nos fala da gratuidade da benção, do olhar de D-us e da confiança no Filho de D-us para Viver a Esperança e o Amor de D-us em nossas vidas. Estamos em Mt 9,35-10,1.6-8.
35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36 Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37 “A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38 Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” 10, 1E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Enviou-os com as seguintes recomendações: 6 “Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7 Em vosso caminho, anunciai: “O Reino dos Céus está próximo”. 8 Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”
A Missão de Jesus se completa em nós. Não só recordamos o fato passado, porém trazemos para a nossa vida o bem que este fato trouxe para a sociedade. D-us fala ao povo abandonado, cura as suas doenças e sara as suas feridas. Fomos criados para sermos livres e para a vida plena. A prática de Jesus era a de ensinar, de falar e de anunciar o Reino de D-us; o D-us, que ama, liberta e salva o povo das garras da escravidão. Jesus olha a realidade e vê a multidão, tem compaixão e sente a dor do povo. A falta de pastores para o povo resulta num povo abandonado e traído pelos seus líderes, sejam políticos, religiosos ou intelectuais, que ao invés de servirem ao povo, servem-se do povo, para satisfação dos seus próprios caprichos; promovem a injustiça e roubam o que o povo tem e a sua identidade. E quem é o povo, senão uma grande quantidade de pessoas, geralmente pobres, de classe baixa, que não possuem estudo, são a maioria da população, são discriminados pela elite, que os julgam 'burros', 'ignorantes', 'criminosos', 'viciados' ou 'vadios'. A massa do povo é assalariado e trabalhador. São vítimas de uma grande parcela dos problemas socais: fome, miséria, desemprego, analfabetismo, desemprego, transporte, saúde, assistência social, entre tantos os outros. São feridos em sua dignidade por sistema econômico injusto. O trabalho da messe não pode ser realizado por Jesus, sozinho, necessita de colaboradores, cabendo a nós darmos continuidade à missão. Somos chamados a construir uma nova sociedade, à imagem do Reino. A construção do Reino é uma responsabilidade de tod@s @s seguidor@s. A misericórdia de Jesus a tod@s convida para serem agentes transformadores da sociedade. Os males que afligem o povo são imensos. E, é justamente, em meio à aflição, que os seguidores do Caminho são concitados a continuar a missão de Jesus à serviço do povo, sendo sal da Terra e Luz do mundo. A prece de Jesus no mundo é a de pedir a D-us, o Senhor da messe, que envie operários, líderes, servidores, pessoas que tenham atitudes iguais as d'Ele, na luta pela reconquista da dignidade de filhos e filhas do Pai. A messe é grande e os serviços são múltiplos. O amor do Pai, acolhe os corações despedaçados, cura os feridos em sua dignidade, angustias e preocupações, nos mostrando a possibilidade de um mundo mais fraterno, justo, igualitário e de paz. Pensemos nisso. Que a paz este com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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