segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Senhor, eu quero enxergar.

Segunda-feira da 33ª Semana.


As comunidades muito discutiram a respeito da busca, do desejo, do alcance e da efetivação da cura para os males humanos. Num primeiro momento, temos um 'cego', excluído das relações sociais, que brada insistentemente o seu desejo de cura, como um pedido de socorro; no segundo momento, o Mestre dirige-lhe a atenção, em meio à multidão que se sentia incomodada com a sua insistência; e no terceiro momento, há o encontro do desejo com a real possibilidade de 'cura'. A resposta do Nazareno é intrigante. Ele não assume a cura como milagre, porém a atribui à força de vontade de ver-se curado do mal que o afligia. Estamos em Lc 18,35-43



35 Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36 Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37 Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. 38 Então o cego gritou: "Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!" 39 As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: "Filho de Davi, tem piedade de mim!" 40 Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41"Que queres que eu faça por ti?" O cego respondeu: "Senhor, eu quero enxergar de novo". 42 Jesus disse: "Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou". 43 No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.

Tudo na vida tem o seu próprio sentido. O Mestre de Nazaré não era um 'curandeiro' ou 'milagreiro', que distribuía a saúde como um passe de mágica. Reflitamos sobre as diversas formas de cegueira humana e não apenas a que limita ou impede fisicamente a visão. Quantas cegueiras nos limitam a visão? Será que realmente desejamos enxergar? Buscamos a cura para as nossas limitações? Já diz a sabedoria popular: 'O pior cego é aquele que não deseja ver'. O mundo está a nossa volta com as suas relações injustas. Hoje, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, ainda tem pessoas que negam a existência do racismo, no país que foi o último a abolir a escravidão no Ocidente, há apenas 129 anos. Reflitamos sobre o preconceito, uma das piores cegueiras da humanidade. Reflitamos sobre a igualdade racial tão necessária para a superação de preconceitos ancestrais. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!


Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.

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