segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Quem é o maior no Reino dos Céus?

Segunda-feira da 26ª Semana.


A tradição registrou em Mt 18,1-5.10, a memória do ensinamento de quem seria o maior do Reino dos Céus. A resposta do Mestre subverteu a ordem das coisas impostas pelo senhores e poderosos adultos, com a ilusão de serem "donos do mundo", "donos da verdade" e "donos do mundo":

1 os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos Céus?" 2 Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3 e disse: "Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4 Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5 E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10 Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus".

Certamente os primeiros seguidores começaram a sentirem-se "alvoroçados" com a possibilidade de uma organização mínima ou hierárquica dentro do movimento. Afinal de contas estavam a atrair multidões! E, no humano sentir, estaria na hora de por um pouco de ordem. Jesus, porém desmantela qualquer interposta perspectiva de "mando". Ora, quem será "Grande"?  E a resposta salta da boca do Mestre para a Vida dos seguidores: tornem-se como crianças; façam-se pequenos  como esta criança; recebam estes pequenos e não os desprezeis. A resposta demonstra não por palavras, porém por ações concretas o Caminho a ser seguido.  Crianças, à época não tinham qualquer direito ou proteção. Eram tratadas como "coisa" ou "propriedade" do pai,  chefe de uma família numa estrutura tribal e que dispunha de poder sobre a vida e a morte dos pequenos. Estavam em situação inferior a de uma mulher, à época. Despir-se da pretensa razão, posição de mando e de senhorio do que quer que seja, constitui uma condição fundamental para o seguimento. É necessário dispor-se ao aprendizado de uma nova ordem de possibilidades para o ser humano. É alegrar-se com a estrada de cada dia a ser trilhada. É tratar os infortúnios como transitórios e de menor importância. É redescobrir a perfeita alegria que brota da paz que vem do coração e da certeza  que apenas a Esperança é capaz de proporcionar. Reflitamos a respeito das nossas vidas. Pensemos  nisso. Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida internet. Crédito não conhecido.

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