terça-feira, 3 de outubro de 2017

Não perder o foco.

Terça-feira da 26ª Semana.



O texto de hoje reporta ao comportamento do Mestre, a partir do momento em que tomou a firme decisão de partir para Jerusalém: estava a chegar a sua hora. As coisas não ocorrem na Vida, por acaso, e o Carpinteiro tinha consciência da sua luta e para onde os seus embates O levariam. O movimento havia crescido e os seguidores sentiam-se "empoderados".  A conjuntura os "empurrava" para Jerusalém que era o centro do poder e da dominação estrangeira. Estamos em Lc 9, 51-56.



51 Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52 e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, a fim de preparar hospedagem para Jesus. 53 Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. 54 Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: "Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?" 55 Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. 56 E partiram para outro povoado.


Dá pra ver pela reação de Tiago e de João, que estavam confiantes e "afoitos" para agir de conformidade a humana percepção do poder. Para onde levaria o confronto? A negativa de reconhecimento da realidade e a diversidade no enfrentamento com os opostos, não podem levar-nos a desviar o foco do Caminho e da Missão. O Mestre ao dirigir-se à Jerusalém, percebia o agravamento da situação e que o círculo se fechava no seu entorno. Eram tempos sombrios! A morte espreitava a tod@s que desafiavam o poder! Não é à toa que estes grupos usavam e, ainda hoje, utilizam o medo como estratégia de dominação, manipulando a população a partir dos seus "temores" e "tabus ancestrais". Para esses grupos o que menos importa é a verdade, basta que agreguem uma identidade e mobilizem uma reação: fabricam "notícias falsas"; criam versões "fantasiosas", "sensacionalistas" e "mentirosas", "moralistas", distorcendo a realidade de múltiplas formas. E foi este tipo de manipulação que culminou com o julgamento forjado, com a apoio popular para matar o Justo. O Mestre analisava a conjuntura sabia o que O esperava, porém tinha que subir à Jerusalém para cumprir a Missão. São situações de ontem, que se repetem no hoje. Tenhamos prudência para não escolhermos a "Barrabás" e rejeitar o Nazareno, incitados pelos manipuladores de ocasião. Reflitamos na realidade na qual estamos mergulhados. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!


Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.



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