Segunda-feira da 30a Semana.
As comunidades começavam a refletir a respeito do que era essencial para o seguimento do Caminho. Havia uma tensão a respeito do assunto: Qual a essência do movimento de Jesus? A obediência das formalidades ou o conteúdo do agir que transforma a realidade e traz a cura? Lc 13,10-17:
10 Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11 Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. 12 Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: "Mulher, estás livre da tua doença". 13 Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus. 14 O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: "Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado". 15 O Senhor lhe respondeu: "Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?" 17 Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.
Aqui o que se contrapõe à realização do bem é uma lei que na sua essência buscava valorizar o homem e impedir a servidão aos meios de produção e aos senhores do capital. A motivação era proteger o descanso dos trabalhadores. A interpretação não poderia ser ultimada para limitar a ação do bem em favor do homem, pois em sua essência estava a própria proteção contra a exploração. Note-se que o Carpinteiro fala claramente e constrange a autoridade que buscava tergiversar a aplicação do conceito utilizando-o a favor dos seus interesses e em detrimento da cura do mal que afligia aquela pobre mulher. Será que ele agiria da mesma forma se fosse uma princesa ou cortesã do palácio real? A resposta de Jesus é causa de alegria para a multidão! O povo era escravizado pela interpretação das leis criadas em seu favor, porém que tornavam-se instrumentos de dominação quando desvirtuadas e afastadas da sua essência. O povo via esperança naquela prática. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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