sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Não deixe a lamparina apagar.

Sexta-feira da 21ª Semana.


A tradição compilada em Mt. 25, 1-13, mais uma vez nos traz a necessidade de entender a mensagem do Reino, que se inicia entre nós no raiar de cada dia. As primeiras comunidades mantinham a Esperança viva para a festa, que se daria com a  concretização das promessas de um novo mundo e ocorreria após a mudança da realidade, de injustiças e de sofrimentos, nas quais estavam mergulhados. A mensagem da ressurreição inaugurou uma nova perspectiva para os oprimidos e para as periferias da sociedade. Era necessário que se mantivesse a Esperança pela concretização do sonho na realidade humana. A percepção dessa dimensão utópica e dos seus efeitos na dureza do chão da caminhada é uma necessidade palpável, para as situações difíceis e momentos conturbados da missão de cada dia que é o viver.  O desânimo do cotidiano não pode levar ao acomodamento, ao esmorecimento e ao cansaço na defesa dos ideais do Reino, tão bem disseminado pelos primórdios do movimento de Jesus. A construção do Reino e da nova ralidade, é de responsabilidade de cada um de nós e tod@s, hoje, igualmente, como o foi em relação aos primeiros seguidores e das primevas comunidades.  Devemos ser cuidadores da Esperança, vivendo a expectativa e concretizado no cotidiano aquilo que é possível no âmbito coletivo. Viver este desafio cotidiano é o que nos leva aos limites e a própria superação dos obstáculos no Caminho. Viver na Esperança da Justiça, da Paz e da Igualdade é concretiza-las a cada passo de nossas vidas, através das nossas ações. Não deixemos para o porvir, aquilo que reclama a reparação imediata. O tempo passa, não podemos esmorecer na luta pela materilização dos ideais de um mundo novo, mais próximo da conformidade do Reino que há de vir. Preparemo-nos para viver a espera e caminhar no aguardo do Reino. Ele certamente chegará. A nós caberá  estarmos preparados para recebe-lo, sendo cuidadosos na manutenção da Luz em nossos relacionamentos coletivos e sociais. Devemos cultivar a Esperança viva através de gestos sensíveis, palpáveis e sólidos, tal qual as jovens prudentes que não conheciam o noivo e já havia passado muito tempo desde que este vivera entre os pais delas. Foram cuidadosas e levaram o azeite (gesto concreto) para aguardar a chegada  do noivo (utopia) que inciaria a grande festa da efetivação do sonho coletivo do humano. Sejamos seres concretos e inseridos na modificação da realidade, enquanto aguardamos a chegada e instalação do Reino que é a utopia de tod@s os caminhantes. Levemos esta Esperança para a nossa Vida e a dos irm@s por gestos concretos de transformação da realidade. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida na internet. Autoria não conhecida.

  

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