sábado, 16 de setembro de 2017

A boca fala do que está cheio o coração.

Sábado da 23ª Semana.


Hoje, o texto compilado pelas primeiras comunidades em Lc 6,43-49, me traz recordações dos ensinamentos da infância. É sempre lembrada D. Lourdes, avó muito querida, que constantemente repetia: "A boca só fala do que está cheio o coração". Ao abrir o texto, veio de imediato a recordação.  É da sabedoria do viver e do tempo passado que esta mensagem tem a força devastadora da experiência humana nas relações sociais:

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43 “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44 Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas. 45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio. 46 Por que me chamais: “Senhor! Senhor”, mas não fazeis o que eu digo? 47 Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48 É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída. 49 Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa”.


Quem não aprendeu que a boa árvore dá bons frutos e que por estes é que será reconhecida. A dinâmica da Vida e da experiência humana do viver não deixa espaço para tergiversações. O que fica é o que foi criado ou construído pelo ser humano ao longo da História. É palpável, é sentido, é reconhecido de imediato. É tudo aquilo que foi edificado no terreno sólido do Amor, da Verdade, da Justiça, da Paz e da Igualdade. É aquele ser humano que ouve e põe em prática; não havendo distinção entre o seu falar e o seu agir. A simplicidade da mensagem do Reino, a atitude de escuta do irmão e das necessidades humanas, a reflexão do contexto histórico e social, o falar e o agir transformador, são etapas fundamentais na pedagogia eleita pelos primeiros seguidores. O que daí emerge será um edifício sólido capaz de suportar os sobressaltos do egoísmo e das devastadoras tempestades provocadas pelas intempéries que atentam contra os valores do Eterno. Reflitamos a respeito do nosso agir e do nosso falar: São transformadores e construtores de um mundo mais justo, fraterno e humano? O que fizemos?  O que estamos a fazer? O que faremos da nossa existência e da nossa história? Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida na internet. Autoria não conhecida.

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