quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O Reino e as relações sociais.

Quarta-feira da 19ª Semana.


A relações sociais constituem o cerne da pregação de Jesus. A sua proposta é eminentemente social. Estamos falando do texto compilado em Mt 18,15-20. A sua mensagem não é intimista ou individualista,  ela explora o âmbito coletivo das humanas relações. Podemos perceber claramente na gradação da sua pedagogia para as relações coletivas. São três etapas fundamentais no Caminho: a primeira em particular, numa conversa franca e sincera; a segunda,  na presença de duas ou três testemunhas; e, a terceira, e última, será a pública, quando à  comunidade caberá decidir.  Torna-se claro o exercício do aprendizado na lide com as questões sociais e humanas, que deverão ser norteadas pela Justiça  e oportunidade de reparação dos erros, nunca pela ameaça ou punitividade. A pedagogia de Jesus busca o crescimento do homem e das relações sociais, mais justas e harmoniosas com o Projeto do Pai para este mundo, que se traduz no Reino, que começa aqui e agora.  A justiça da ação é que irá nortear o Caminho. "18 Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. 19 De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto vos será concedido por meu Pai que está nos céus. 20 Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles”." O nome de D-us é Justiça e Concórdia. O D-us de Jesus não é ameaça, medo, vingança ou punição! O D-us de Jesus nos mostra o Caminho da superação das relações de escravidão e de ódio. Nos dá a oportunidade de construir um novo mundo em plenitude e de respeito às mulheres e homens que nele fazem a sua jornada evolutiva. A salvação tão propalada por tantos, emerge de nós mesmos, do nosso íntimo e transborda para o coletivo e infinito do universo.  Nada mais é a "con-versão", que a mudança de rumo. Que o D-us de Amor, seja o norte das nossas vidas e decisões! Paremos de semear a contenda e a divisão. Ontem ouvi um determinado hino e fiquei pasmo. A sua letra escarnecia da versão da Bíblia adotada por determinado ramo do cristianismo que era que acolhia maior número de livros e, ainda, tripudiava do tempo de formação dos seus ministros que demandava doze anos de preparação, afirmando que eram adoradores de ídolos. Parei e comecei a refletir. Qual a razão de tanta disputa, raiva e divisão? Quem cantava e acreditava na letra daquela música é que era um adorador de "ídolos", que semeiam o ódio e a disputa. O D-us que nos foi mostrado pelo Carpinteiro, não se abriga em igrejas, nem tampouco fomenta diferenças e divisões. O mundo é grande demais para dar lugar a certos fundamentalismos idiotas. Não há tempo para perdemos em contendas, pois apenas o Amor acolhe a tod@s. E D-us é Amor! Tomemos muitos cuidado com as nossas ações para que não fomentemos as divisões. Tod@s integramos o belo jardim da Criação. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida na internet. autoria não conhecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário