Segunda-feira da 18ª Semana.
O texto de hoje é de uma riqueza sem par, quando trata dos sinais do Reino e da necessidade da fé para podermos entender estes sinais. Falamos de Mt 14,22-36. A abertura é por demais maravilhosa onde vemos "que a multidão comera até saciar-se". Dar de comer aos famintos e promover a partilha dos bens não é obra de "milagreiro", porém de uma nova concepção do mundo e das relações sociais, cuja realização está ao alcance de tod@s nós. Após o despedir a multidão, o Nazareno se recolhe para reflexão e refazimento da sua comunhão com o Pai, através da oração. A pedagogia de Jesus nos ensina que após a ação devemos ter uma pausa para reflexão, antes de seguir adiante. No segundo momento, vemos que o Carpinteiro anda por sobre o mar, cujas ondas ondas agitadas. Bem que poderíamos entender este mar como o mundo no qual vivemos e a estas ondas como as situações contraditórias do cotidiano que a sociedade, enquanto coletivo e, a nós, enquanto pessoas e individualidades, nos deparamos ao longo da jornada. Muito interessante é que os próprios seguidores do Mestre não conseguiram reconhecê-Lo naquela situação de medo, estavam por demais temerosos pela realidade adversa, para poder perceber a sua presença. Viram "fantasmas" e gritaram em razão do medo, é o que nos diz o texto. Se assim podemos resumir: o mundo é feito de mares, barcos e ondas. Cabe a cada um de nós, guiar os nossos barcos em meio as procelas da Vida. O grito de Pedro, representa o pedido de socorro coletivo, que vem da sociedade, que se afoga em meio às suas próprias contradições, adversidades e situações que derivam do ódio, da violência, do egoísmo, da espoliação do capital, da injustiça e da submissão ante os poderosos e pelo poder da corrupção e dos seus asseclas. Esta passagem, muito bem reflete a nossa situação de hoje, na atual conjuntura: "30 Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32 Assim que subiram na barca, o vento se acalmou." Note-se que o medo de ao qual se refere no texto, não era apenas individual, porém coletivo e dizia respeito a todos os seguidores. Pedro, era o mais açodado e logo saiu à frente, porém era uma situação por tod@s compartilhada. A ação de Jesus alcança o seu intento, após os seguidores tomarem consciência da situação e da sua presença. A partir daí o vento se acalma! As ondas baixam! O barco segue seu curso, apenas para continuar a Missão! Por fim, num terceiro momento, chegam a outra margem. O habitantes logo O reconhecem e levam tod@s os que necessitam de cura para os seus males. "36 e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados." Pensemos em nós e nas nossas posturas diante da Vida! É necessário fé para vencermos as adversidades da Vida! Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Autoria não conhecida.
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