domingo, 23 de julho de 2017

Ser semente e fermento pelo Reino.

Domingo da 16ª Semana.


A leitura de hoje é muito oportuna em tempos tão difíceis e de sofrimento, está em Mt 13,24-43.  Podemos ver a comparação das sementes do trigo que foram semeadas ao campo pelo senhor da plantação, sendo sabotado pelo seu inimigo que à noite lançou as de joio por cima das que foram anteriormente plantadas. Temos ainda, as sementes de mostarda, que minúsculas nas suas dimensões, produzem avassaladoramente em número de frutos. E, por fim, o exemplo do fermento, que misturado a três medidas de trigo, portanto uma quantidade bastante superior, mesmo assim produz seu efeito. Assim consiste o desafio de encontrar o Caminho e trabalhar pelo Reino, apesar de todo o "lixo" que foi colocado pelas religiões ao longo dos tempos, enquanto  estruturas de poder e dominação que tentam se assenhorear dos acessos. O que dizer da hierarquia das igrejas que desviam o olhar do povo e da mensagem de libertação, buscando viver consigo mesma isolada num mundo de "faz de conta" e desgarrada da realidade, com os olhos fechados e lábios cerrados para as injustiças, misérias e servidões impostas aos pobres, os preferidos do Pai? O que dizer de bancadas políticas que se elegem com voto cabalado em igrejas, dado de boa fé dos crentes e utilizado pelo mandato para votar reformas, como a trabalhista. que vem a suprimir os direitos dos seus próprios eleitores, tornando este país mais injusto e desigual? Em qual D-us eles creem? A qual D-us eles servem? A qual das sementes se assemelham? A quem serve esta religião? O que fazem estes que pecam e praticam o mal? Não nos esqueçamos da dimensão social do pecado e daqueles que se utilizam da mensagem do Reino em proveito próprio.  O nome de D-us tem sido sequestrado ao longo do tempo. Grupos buscam a sua utilização como o desejam, impondo um deus medonho, cruel e que privilegia interesses. O nome desse deus já legitimou cruzadas, os países centrais, que se dizem cristãos e, no entanto, são responsáveis pela espoliação dos países pobres e periféricos deste mundo. O nome desse deus está impresso em cédulas de dinheiro e representa a espoliação dos pobres. Não é o D-us da nossa fé! Ao longo do tempo,  pessoas de diversas tradições religiosas vêm tentando libertar o nome de D-us que é Pai, Amor, Justiça, Igualdade,  Fraternidade, Misericórdia, Perdão e Paz, que nos foi apresentado pelo Mestre de Nazaré. Devemos lidar e vencer uma experiência que todos nós fazemos do bem e do mal, da luz e das travas, da morte e da vida. É sempre um grande conflito na nossa existência vencermos o mal e fazermos crescer o bem. O joio é bem parecido com o trigo. Tenhamos cuidado com o fascínio das tentações. Precisamos ter discernimento com as ciladas e armações do mal. Pensemos nisso. Que a paz esteja com tod@s!

Imagem colhida na internet. Autoria não conhecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário