quinta-feira, 15 de junho de 2017

Terra Exulte de Alegria

SEQUENCIA CORPUS CHRISTI

(Missal Romano)



Terra, exulta de alegria,

louva teu pastor e guia
com teus hinos, tua voz!



Tanto possas, tanto ouses,
em louvá-lo não repouses:
sempre excede o teu louvor!


Hoje a Igreja te convida:
ao pão vivo que dá vida
vem com ela celebrar!


Este pão que o mundo creia!
por Jesus, na santa ceia,
foi entregue aos que escolheu.


Nosso júbilo cantemos,
nosso amor manifestemos,
pois transborda o coração!


Quão solene a festa, o dia,
que da Santa Eucaristia
nos recorda a instituição!


Novo Rei e nova mesa,
nova Páscoa e realeza,
foi-se a Páscoa dos judeus.


Era sombra o antigo povo,
o que é velho cede ao novo:
foge a noite chega a luz.


O que o Cristo fez na ceia,
manda à Igreja que o rodeia
repeti-lo até voltar.


Seu preceito conhecemos:
pão e vinho consagremos
para nossa salvação.


Faz-se carne o pão de trigo,
faz-se sangue o vinho amigo:
deve-o crer todo cristão.


Se não vês nem compreendes,
gosto e vista tu transcendes,
elevado pela fé.


Pão e vinho, eis o que vemos;
mas ao Cristo é que nós temos
em tão ínfimos sinais...


Alimento verdadeiro,
permanece o Cristo inteiro
quer no vinho, quer no pão.


É por todos recebido,
não em parte ou dividido,
pois inteiro é que se dá!


Um ou mil comungam dele,
tanto este quanto aquele:
multiplica-se o Senhor.


Dá-se ao bom como ao perverso,
mas o efeito é bem diverso:
vida e morte traz em si...


Pensa bem: igual comida,
se ao que é bom enche de vida,
traz a morte para o mau.


Eis a hóstia dividida...
Quem hesita, quem duvida?
Como é toda o autor da vida,
a partícula também.


Jesus não é atingido:
o sinal que é partido;
mas não é diminuído,
nem se muda o que contém.


*Eis o pão que os anjos comem
transformado em pão do homem;
só os filhos o consomem:
não será lançado aos cães!


Em sinais prefigurado,
por Abraão foi imolado,
no cordeiro aos pais foi dado,
no deserto foi maná...


Bom Pastor, pão de verdade,
piedade, ó Jesus, piedade,
conservai-nos na unidade,
extingui nossa orfandade,
transportai-nos para o Pai!


Aos mortais dando comida,
dais também o pão da vida;
que a família assim nutrida
seja um dia reunida
aos convivas lá do céu!

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