Alegrias da Páscoa: 6° Dia.
Hoje a leitura, Jo 21,1-14, nos leva de volta às origens na Galiléia, aonde tudo começou. A Vida tinha seguido o seu curso após os horrores da perseguição, da grotesca farsa do julgamento e da execução do Nazareno. É interessante perceber que a existência humana tem sua própria dinâmica e continuidade seja de um lado, após tragédias, tristezas e perdas, seja de outro, após as festas, vitórias, alegrias e ganhos. A Vida tem 'Vida' própria e independente! Note-se que os seguidores tinham retornado ao seu cotidiano, necessitavam trabalhar para comer e sobreviver. Voltaram, portando às suas atividades profissionais de pescadores. É o que sabiam fazer! Nada cai do céu! Continuavam, porém juntos! É vida que segue! Pedro até tinha voltado à pescar bem à vontade, pois estava nú. Nem mais conseguiram reconhecer o Mestre, apesar de todo o tempo que passaram juntos. Foi necessário um sinal de alegria e fartura, após um momento triste de cansaço e penúria, para que fosse reconhecido por Pedro. E como sempre fazendo das suas: exagerado e espontâneo, como de costume, veste a roupa e se atira ao mar, embora a barca estivesse bem próxima da margem. Os demais, ao chegarem já encontram o pão e as brasas acesas, aguardando pelos peixes, fruto do trabalho humano da pesca e da criação do Pai. E é, justamente, na bênção da partilha que reconhecem o Ressuscitado, embora não falem a respeito disso. E de fato não era necessário ficar falando, ficar enaltecendo ou ficar rotulando. Pra quê? O que realmente importa é a transformação da realidade e a construção de uma nova realidade humana, sem rótulo, sem etiquetagem e sem grife de cristã. Pelos frutos é que se reconhece a árvore! A experiência da Ressurreição é coletiva, é plural, é pública e ressuscita-nos lutando contra as misérias do cotidiano! E quanto disso não vemos e necessitamos nas nossas vidas? Pensemos nisso! Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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