Semana Santa: 3° Dia antes da Páscoa.
Esta é a questão fundamental que nos é colocada no dia do julgamento e execução do Mestre, Jo 18,1-19,42. Não há sombra de dúvidas que o Carpinteiro foi vítima de uma execução política engendrada pela hegemonia dos sacerdotes e fariseus, os poderosos de então. Ele ousou incomodar e subverter a ordem da coisas estabelecidas. Note-se que sequer existia a previsão legal de execução pela lei de então. E o que fizeram? Aliaram-se ao poder multinacional político de então, o Império Romano. O conluio perfeito para justificar o seu propósito derradeiro. E o povo? Foi utilizado como massa de manobra incitado pela 'midia' de então! Vê-se que nada encontraram que pudesse incriminá-lo e Ele foi jogado de um para o outro, Anás e Caifás, que eram aparentados por laços familiares e de interesses, de um lado, e de outro o representante do poder imperial, Pilatos. Ninguém queria ter nas mãos o sangue do inocente. Armaram um processo formalmente legal e de aparências, apenas para justificar os seus interesses escusos. E quem foi instado, insuflado e agastado à decidir: o povo. A conspiração perfeita! O povo tornou-se obnubilado! A armação perfeita! Se os poderosos de plantão não podiam executá-lo por total ausência de culpa e de previsão legal, formalizam o processo e apelam para a farsa. Estava escrito no alto do patibulo da execução, a razão política daquele horror que estava diante dos olhos de tod@s e que ninguém queria enxergar! É a expressão do fracasso a morte de cruz, quando tudo está perdido e quando apenas vislumbramos o desespero, a solidão, a angústia e o abandono que apenas o humano ser é capaz de experenciar e a ausência de esperança de que de repente as coisas possam mudar! É ali que vemos a expressão do fracasso humano! A noite escura que a tod@s é capaz de envolver! E quantos outros que podendo fazer a diferença, por terem autoridade para tal, preferem lavar as mãos? E quantas vezes o correto, o bom e o justo é sacrificado no altar dos escusos interesses de uns e do comodismo, inércia e covardia de outros tantos? E quantas vezes isso não ocorre nas relações sociais e coletivas até nos dias atuais? Quanto não vemos disso ao longo da história? Reflitamos nesta Sexta-feira Santa que a piedade popular nominou, não sem razão, de "Sexta-Feira de Trevas"! Pensemos nisso! Que a paz esteja com tod@s!
Imagem colhida na internet. Crédito não conhecido.
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